Do surgimento aos campeonatos.
Em meados de 2.009, o mundo parece dividido em dois tipos de pessoas, aquelas que quando escutam as batidas repetitivas das dance music chutam o ar enquanto arrastam o outro pé para trás, movimento básico do Rebolation, e as outras pessoas que respondem a essa dança com um sorriso de deboche.
Entretanto, observar surgimento desse estilo de dança é muito interessante.
Na primeira metade dos anos 00, no Brasil, as raves ainda chamavam-se raves, tinham a recomendação nos flyers de que era “proibida a entrada de bichos de pelúcia nas festas” e a música tocada sempre tinha mais de 140 BPM (mesmo a festa sendo de Psytrance ou Techno).
E quando alguns outros ritmos com menos batidas por minuto adentraram as pistas de dança, como o Electrohouse e os sons mais Progressivos.
É importante entender, que nesse primeiro momento, onde o termo Rebolationsurgiu, ele não se referia a um estilo de dança em si, até por que este não existia, e sim ao som com menos batidas que proporcionava a possibilidade de “rebolar” para quem assim quisesse.
Havia então, maior possibilidade de dança, onde muitos, em estado alterado de consciência, que antes ficavam travados ou só pulavam a 140 BPM, começaram a mexer os quadris.
Dai para o YouTube, foi um pulo (e o tempo de curar a ressaca).
A partir dai, um fenomeno ocorreu, as pessoas começaram a imitar a dança em casa, e muitos que nunca foram em uma Rave começaram a postar seus vídeos dançando.
E o Rebolation até perdeu sua identidade original nas Festas Open Air de Música Eletrônica e passou a integrar a turma dos B-Boys, e o universo do Hip Hop, com direito a duelos e campeonatos, como o do Novembro Negro em Cuiabá.